
O TERCEIRO TIAGO
(Alon Franco)
Observem este discurso do apologista católico Rafael Rodrigues:
“Sendo a Sola Scriptura uma doutrina que já se torna auto-refutável por não haver na Bíblia nenhum versículo que a prove, seus adeptos hoje tentam usar-se de malabarismos exegéticos para poder explicá-la, negando assim a tradição oral, que é ensinada pela própria bíblia, colocando o valor desta como inútil para o Cristão. Também tentam fazer uma exegese barata das palavras de Paulo, (II Tes. 2,15; II Tes 3,6) dizendo que tal Tradição Oral que Paulo fala nada mais é que o próprio conteúdo da bíblia, ora Paulo fala claramente ‘tradições que aprendestes, ou por nossas palavras, ou por nossa carta’, será que é difícil entender? Paulo iria colocar o que falou e o que escreveu em pé de Igualdade? Não poderia ele simplesmente falar de um só já que são os mesmos, ele precisaria especificar diferenças?”
Você pode encontrar seu artigo aqui.
Ele acrescenta:
“… Paulo insiste a Timóteo em II Timóteo 1, 13 ‘Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e no amor que há em Cristo Jesus’. É o que Timóteo ouviu de Paulo que é chamado de ‘bom depósito’, mostrando que a mera audição da palavra da boca de Paulo deixou uma marca indelével na consciência de Timóteo e serviu de base para a sua compreensão do evangelho e sua missão de ser um homem de Deus completo. Da mesma forma, em II Timóteo 2, 2, Paulo diz: ‘E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros’. Mais uma vez, mesmo que as Escrituras estivessem à sua disposição, Timóteo iria confiar tanto ou mais no que ele ‘ouviu’ de Paulo”
Esse outro artigo está aqui.
Minha refutação
Como fica evidente, e é tradição mesmo, e das piores, a apologética católica luta contra as Escrituras somente para promover a sua tão confusa “sagrada tradição”. Não encontrando na Bíblia apoio para seus inúmeros dogmas, então nada melhor do que negar a suficiência da própria em detrimento de palavras que jamais foram escritas em livro nenhum, mas posteriormente registradas pelos sucessores dos apóstolos. Por exemplo: Paulo jamais escreveu uma linha sobre a mediação dos santos falecidos, mas eles garantem que esse dogma, como muitos outros, estão inseridos dentro das tradições aludidas pelo apóstolo nos textos citados acima pelo apologista mariano, mas que ficaram apenas na forma oral entre os cristãos da Igreja Primitiva – nada foi registrado.
Vamos abrir aqui os textos que ele citou. E vou acrescentar mais um, pois este também é usado de apoio para a tradição católica romana. Falo de 1ª Coríntios 11:1-2, que diz:
“Sede meus imitadores, como também eu de Cristo; de fato, eu vos louvo, em tudo, porque vos lembrais de mim e retendes as tradições assim como vo-las entreguei”(1ª Coríntios 11:1-2)
“Mandamos-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu” (2ª Tessalonicenses 3:6)
“Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra seja por epístola nossa” (2ª Tessalonicenses 2:15)
Sobre estes três versículos repousa todo o edifício da tradição do catolicismo. Porém, nem um deles se refere à tradição católica romana conforme ela tem se desenvolvido através dos séculos, desde os dias dos apóstolos. Isso fica claro quando examinamos o contexto, quase sempre ignorado pelos católicos e abandonado pelos protestantes porque acham difícil de refutar.
Vamos iniciar a refutação por 2ª Tessalonicenses 3:6:
“Mandamos-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu”
No capítulo anterior de sua epístola, Paulo avisa sobre aqueles que estavam ensinando que a segunda vinda era iminente (2 Tess. 2:2), e estes tinham aparentemente anunciado alguns enganos à Igreja em Tessalônica, cessando sua labuta diária. Consideravam que o Senhor pudesse voltar a qualquer momento não havendo assim necessidade de trabalhar. Paulo deixou bem claro no capítulo 2 que este tipo de ensino foi um erro, e ele detalha eventos que primeiro deve ter lugar antes de Cristo retornar (2 Tess. 2:3-12).
Os que são mais conservadores no catolicismo até conseguem visualizar no texto uma forte permissão que os proteja dos evangélicos, expressa em rejeição “legítima” àqueles que não observarem as tradições católicas, quando são exortados a “…se apartar de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu”.
Pense você, caro evangélico, que eles tiveram a ousadia de interpretar essa passagem de uma forma completamente absurda: Àqueles entre os cristãos primitivos que não cressem na intercessão dos santos, na mediação de Maria, no purgatório, nas indulgências e no pontificado do Pedro romano, deviam os outros desviar-se deles.
O que realmente Paulo ensinou quando examinamos o contexto?
Imediatamente após exortar a Igreja a se apartar dos que andavam desordenadamente, dos que não andavam segundo a tradição que dele receberam, Paulo os lembra de como devem imitá-lo:
“Mandamos-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu. Porque vós mesmos sabeis como convém imitar-nos, pois que não nos houvemos desordenadamente entre vós”, vv 6,7.
Note que ele salta de “vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente para e não segundo a tradição que de nós recebeu”.
Observe também a palavra “porque” – ela é a junção para unir as tradições ao exemplo de Paulo. O detalhe é claro, pois mostra que ele não falava de doutrinas católicas romanas. Vamos descobrir que Paulo alude a outro tipo de tradição.
Paulo exorta a Igreja de Tessalônica que se lembre do contraste entre ele – que não andou desordenadamente – daqueles que andavam desordenadamente. E para isso deveriam observar as tradições deixadas por ele. Isso tem a ver com os exemplos de Paulo, sua disciplina entre os tessalonicenses. Por isso ele começa a discorrer nos versículos seguintes sobre essas tradições:
“Não comemos de graça o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós. Não porque não tivéssemos autoridade, mas para vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes”, vv 8,9.
Paulo lembra aos Tessalonicenses que quando estava com eles não quis viver ociosamente, aceitando doações de caridade de membros da igreja, mas pagou um preço justo, até mesmo por suas refeições. Ele fez isso apesar de ter direito ao sustento como pregador da Palavra. Ele queria que os ociosos seguissem essa tradição, a qual lhes havia passado quando estava no meio deles. E aqui ele as transforma em palavra escrita:
“Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também. Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes fazendo coisas vãs. A esses tais, porém, mandamos, e exortamos por nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com sossego, comam o seu próprio pão. E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem”, vv 10-13.
Paulo retoma e amplia sobre o que ele disse no versículo 6:
“Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão”, vv 14,15.
Caro leitor, observe o detalhe terrível para os militantes católicos: “…se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta”.
A tradição estava escrita na carta!
Paulo estava lembrando a forma como ele conduziu os Tessalonicenses quando estava com eles. Ele era auto-suficiente, trabalhando diligentemente para ser produtivo e ganhar uma renda e sustentar ele próprio e os que o acompanhavam no seu ministério. Está aí a tradição que Paulo fala no verso 6, que era um contraste com a ociosidade de muitos ali naquela Igreja:
“Mandamos-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu”
Mais claro impossível!
Paulo nada alega sobre algum tipo de doutrina para a fé passada de forma oral, pois ele esclarece na carta o conteúdo dessas tradições. O motivo da exortação não significava que os que andavam desordenadamente estavam deixando de colocar em pratica algum dogma católico romano. Paulo mesmo esclarece que não se tratava disso ao usar seu próprio exemplo.
“Porque vós mesmos sabeis como convém imitar-nos, pois que não nos houvemos desordenadamente entre vós”, v 7.
A tradição de Paulo era que os irmãos andassem ordenadamente como ele ensinou na carta. Não era uma alusão a dogmas entregues em oculto, que seriam passados as futuras gerações de boca em boca.
“Não porque não tivéssemos autoridade, mas para vos dar em nós mesmos exemplo para nos imitardes”
O proceder de Paulo e o exemplo de vida. Essa era a tradição que deveria ser seguida!
Vou fazer aqui uma recapitulação, pois é muitíssimo importante atentar para este contexto. É por demais sublime a riqueza de detalhes que nos revela o que eram essas tradições. Observe novamente como Paulo esclarece de maneira explícita o conteúdo das mesmas:
“Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também. Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes fazendo coisas vãs”, vv 10,11.
Ele simplesmente escreve o que havia passado de forma oral quando estava entre os tessalonicenses: “…quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto…”.
Paulo escreveu aborrecido sobre aqueles que andavam desordenadamente “…Fazendo coisas vãs…”. Eram malandros boa vida, preguiçosos que comiam à custa dos outros. O problema destes não era que estavam deixando de praticar a oração pelos mortos, crer na intercessão dos santos ou mesmo negligenciando as novenas.
O que eram essas coisas vãs?
“A esses tais, porém, mandamos, e exortamos por nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com sossego, comam o seu próprio pão”, v 12.
As tradições aludidas por Paulo neste contexto não pode ser uma referência à verdade transmitida de geração em geração. Paulo está falando de uma “tradição” para a necessidade dos Tessalonicenses naquele momento recebida e passada em primeira mão. Trata-se do encerramento da epístola – Paulo está fazendo um resumo. E, uma vez mais, ressalta a importância do ensino que os tessalonicenses tinham recebido diretamente de sua boca. A “tradição” que ele passa aqui é uma doutrina decisiva, segundo a qual qualquer pessoa que se recusar a dar-lhe atenção e não viver de conformidade com ela, deverá ser rejeitada pela comunidade.
Agora vejam novamente que interessante no verso 14: Mas, se alguém não obedecer a nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe.
“…Nossa palavra por esta carta”. Percebeu amigo católico como palavras podem se transformar em escritura?
Não é possível vislumbrar nem mesmo algum vestígio que faça referência à tradição católica romana na epístola. Eles tinham que obedecer pela carta: “…se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal…”.
Portanto, essas tradições se referem a disciplina que ele passa a Igreja. Neste contexto ele também tem algo para este povo específico, os Tessalonicenses. Havia problemas na Igreja e Paulo tentou corrigir, lhes dando o próprio exemplo (tradição) de como deveria se comportar um cristão nesta situação.
É por demais sério quando Paulo diz que os faltosos deveriam ser corrigidos segundo as palavras contidas na carta. Este aí um problema enorme para o catolicismo, que defende a tese de que aqui Paulo discorria sobre os dogmas católicos que foram passados aos Tessalonicenses por tradição oral. Muito pelo contrário; Paulo estava falando de doutrina simples e prática, sobre administração em geral, a responsabilidade de um homem de trabalhar e prover para sua família, e disciplina pessoal na vida diária. Essas verdades são agora parte da Escritura, em razão da inclusão de Paulo nessa epístola.
Assim, ele encoraja os crentes de Tessalônica, tão somente “para vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes…” (verso 9), e não que lhes havia ensinado em oculto algum dogma sobre Maria Imaculada, o purgatório, os sacramentos, missas de sétimo dia, missas para as almas do purgatório, hóstias e vinho, intercessão de santos falecidos ou qualquer outra doutrina anunciada hoje pela Igreja Católica que contradiz os ensinos escritos.
Com relação à tradição oral que permeou a Igreja por uns tempos, pode ser dito o seguinte: é óbvio que Paulo, como alguns escritores do Novo Testamento, registrava o que havia já transmitido oralmente para a Igreja. Ele, ou qualquer outro, não faziam referência às tradições que foram transmitidas pela Igreja Romana posteriormente. À luz de todo o contexto, fica impossível ser demonstrado que a tradição atual da Igreja Católica foi primeiramente ensinada pelos apóstolos.
É provado pelos próprios apóstolos que muito daquilo que ensinaram por via oral foi escrito por eles mesmos. Paulo, em 1ª Coríntios 11:23 afirma: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei“. Ainda em 2ª Tessalonicenses 2: 5, ele declara “Não vos recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos estas coisas?” Ele estava passando a Igreja o que antes havia comunicado oralmente e ao mesmo tempo estava dando mais compreensão.
Semelhantemente, temos no contexto de Tessalonicenses aqui em discussão o mesmo método. Paulo lembra: “Quando ainda estava convosco, vos ordenamos (oralmente) isto…”, (verso 10). Pedro faz o mesmo: “Mas de minha parte esforçar-me-ei diligentemente por fazer que, a todo tempo mesmo depois da minha partida, conserveis lembrança de tudo” (2ª Pedro 1:15). O que fizeram foi registrar o que passaram por transmissão oral. Certamente isso foi feito para que não se corrompessem, ou mesmo esquecessem o que aprenderam.
Vamos agora para 2ª Tessalonicenses 2.15: “Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa”.
Há algo no texto que passa despercebido por muitos. Paulo fala de tradições orais e escritas. Veja: “guardai as tradições… seja por palavra, seja por epístola nossa”. Tradições nas epístolas! Quem esperava por essa? A propósito, por que não temos nenhuma tradição católica nas epístolas? Devemos crer que nenhuma delas jamais foi escrita em epístola nenhuma?
A palavra grega para tradições aqui é “paradosis”. Nitidamente, o apostolo está falando de doutrina, e não há como negar que a doutrina que ele tem em mente é a verdade autorizada e inspirada. Portanto, o que é essa tradição inspirada que os crentes receberam “por palavra”? Não está ela antes apoiando a posição católica? Não, não está. Outra vez, o contexto é essencial para uma compreensão clara do que Paulo está dizendo.
Vemos aqui que os tessalonicenses tinham sido claramente enganados por uma carta forjada, supostamente do apóstolo Paulo, dizendo-lhes que o Dia do Senhor já tinha chegado (2 Ts 2.2). Evidentemente, toda a igreja ficou desapontada com isso e o apóstolo estava ansioso por incentivá-la. Primeiro, ele desejava advertir os fiéis a não serem logrados por “verdade inspirada” mentirosa. E disse-lhes então claramente como reconhecer uma epístola genuína dele a qual seria assinada por ele mesmo: “A saudação é de próprio punho: Paulo. Este é o sinal em cada epístola; assim é que eu assino“.
Veja agora de que doutrina trata a epístola:
“Ora, irmãos, rogamos-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se viesse de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto. Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição”, 2 Ts 3:1-3.
Paulo, além de proteger seu ensino oral dado anteriormente sobre isso, vem agora e o transforma em palavra escrita. Ele fecha a epístola dizendo:
“Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa”
Atente para o início do versículo: “Então, irmãos, estai firmes…”. Estar firme tendo base em que? O motivo tem que estar na carta! É muito importante o significado da palavrinha “então”. A expressão “então” entrega todo o contexto, concluindo o assunto em pauta, que é esclarecer erros sobre a Segunda Vinda do Senhor, e não que ele aludia aos tantos dogmas da Igreja Católica.
Caro leitor, insisto, o contexto trata da Vinda de Jesus. Não importa se Paulo fala sobre instruções dadas “por palavra ou por epístola nossa” que o assunto do contexto não muda para dogmas católicos romanos, mas permanece sobre as correções em relação ao retorno do Senhor.
A propósito, por que o apóstolo lembraria aos tessalonicenses sobre os tantos dogmas católicos romanos passados de forma oral justamente no meio de um assunto que envolve a volta de Jesus?
Observe novamente a terrível contradição. Como vimos, a epístola corrige erros sobre a parousia: “Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele, Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis…”. Em seguida ele diz o que deve acontecer antes dessa Vinda. Mas, de repente – segundo a dogmática romana – aparece o Apóstolo e lembra aos tessalonicenses sobre os dogmas católicos romanos que lhes foi passado de forma oral:
“Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa”
A proposta católica não faz sentido!
Na verdade, Paulo queria assegurar-se de que os tessalonicenses não fossem ludibriados novamente por epístolas forjadas. Entretanto, mais importante ainda, ele queria que eles se apegassem ao aprendizado que haviam recebido dele. Ele já lhes havia dito, por exemplo, que o Dia do Senhor seria precedido da apostasia e da revelação do “homem da iniquidade, o filho da perdição“. “Não vos recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos Estas coisas?”(2 Ts 2:5). Eles estavam agora recebendo por epístola o que haviam recebido por palavra. Ele estava ordenando-lhes que recebessem como verdade infalível somente o que tinham ouvido diretamente de seus lábios.
Desde o começo, os tessalonicenses não tinham aceitado a mensagem do evangelho tão nobremente como os crentes de Bereia, que “receberam a palavra com toda a avidez examinando as Escrituras todos os dias para ver se as cousas eram, de fato, assim” (At 17.11).
É altamente significativo que os crentes de Bereia fossem explicitamente apreciados por examinarem a mensagem apostólica à luz da Escritura. Eles tiveram a prioridade correta: a Escritura é a regra suprema de fé pela qual todas as demais coisas devem ser testadas. Inseguros a respeito de poderem confiar na mensagem apostólica que, a propósito, era tão inspirada, infalível e verdadeira como a própria Escritura os ouvintes de Bereia removeram todas as suas dúvidas por terem comparado a mensagem com a Escritura. Entretanto, os católicos romanos são proibidos por sua igreja de seguirem o mesmo caminho!
Portanto, qual é o apoio que estes versículos podem dar a Tradição Católica?
Nenhum!
Quando as passagens são analisadas no contexto a tese católica evapora-se diante dos nossos olhos!
Tradições na Igreja de Corinto
“Sede meus imitadores, como também eu de Cristo. De fato, eu vos louvo, em tudo, porque vos lembrais de mim e retendes as tradições assim como vo-las entreguei”, I Cor 11:1, 2.
Como em 2ª Tessalonicenses 3:6, também aqui aos coríntios, Paulo está se referindo a tradições transmitidas para disciplina na Igreja. Essa “tradição” não é outra senão parte da doutrina que os coríntios tinham ouvido diretamente dos lábios do próprio Paulo durante seu ministério naquela igreja. Os coríntios tiveram o privilégio de ouvi-lo por um ano e meio (At 18.11).
Observe que no versículo em discussão Paulo diz se alegrar porque a Igreja lembrou-se dele. Note também no texto, que após encorajar os coríntios a imitá-lo, ele diz: “…porque vos lembrais de mim e retendes as tradições assim como vo-las entreguei”. Os coríntios lembraram-se de Paulo porque este havia lhes passado a doutrina da confissão auricular? Ou a doutrina da intercessão dos santos? Quem sabe lembraram-se de Paulo porque ele lhes disse que Pedro era o príncipe dos apóstolos tendo sua cátedra em Roma? Faz sentido? Nenhum!
Conforme os textos anteriores e os posteriores a 1ª Coríntios 11:1, 2, descobriremos que as tradições que deveriam ser observadas não estavam ligadas a nenhum dogma católico. Basta que se leia o contexto final do capítulo 10, três versículos antes do texto aqui em debate:
“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus. Como também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se possam salvar”. 1 Cor 10:31-33
Paulo discorre sobre assuntos de comida sacrificada a ídolos, alertando como deve se comportar o cristão diante dessa situação. E alguns versículos depois do contexto de 1ª Coríntios 11:1,2, ele começa a discorrer sobre ser o homem cabeça da mulher, que a mulher não deve tosquiar-se e nem orar com a cabeça descoberta.
Entre estas exortações, Paulo escreve:
“… porque vos lembrais de mim e retendes as tradições assim como vo-las entreguei”
Portanto, deve-se perguntar a dogmática católica romana onde foi que encontraram neste contexto, seja o anterior e o posterior, defesa para seus tantos dogmas. Este versículo está entre dois assuntos que nada tem em comum com dogmas católicos romanos.
Acho necessário repetir aqui os detalhes que vem no final do capítulo 10 de 1 Coríntios quando Paulo alerta os crentes sobre comidas sacrificadas a ídolos:
“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus. Como também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se possam salvar”, vv 31-33.
Agora veja novamente o primeiro verso do capítulo 11:
“Sede meus imitadores, como também eu de Cristo. De fato, eu vos louvo, em tudo, porque vos lembrais de mim e retendes as tradições assim como vo-las entreguei”
Veja agora os três versículos posteriores a este:
“Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo. Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu. O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem”
Algum vislumbre de doutrinas romanas? Aliás, por que acreditar que Paulo inclui doutrinas católicas romanas no texto central se os textos anteriores e os posteriores tratam de assuntos completamente diferentes daqueles que o catolicismo propõe?
“Sede meus imitadores, como também eu de Cristo. De fato, eu vos louvo, em tudo, porque vos lembrais de mim e retendes as tradições assim como vo-las entreguei”
Observe bem, caro amigo leitor, o que Paulo tenta dizer aos coríntios. Ele os louva porque o estavam imitando, guardando as tradições de como se comportar diante das comidas sacrificadas a ídolos e outras coisas. Note que Paulo não pode mesmo estar discursando sobre doutrinas e dogmas romanos, mas sim que escrevia para corrigir erros urgentes na congregação. O momento era aquele, e eles deveriam receber instruções para correção e disciplina, que tem como meta o contexto anterior e posterior.
Porém, o pior não é isso. O pior chama-se tradução bíblica. A Bíblia Ave Maria, uma tradução católica, omite a palavra tradições:
“Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo. Eu vos felicito, porque em tudo vos lembrais de mim, e guardais as minhas instruções, tais como eu vo-las transmiti”
A Bíblia de Jerusalém em espanhol:
“Sed imitadores de mí, así como yo de Cristo. Os alabo, hermanos, porque en todo os acordáis de mí, y retenéis las instrucciones tal como os las entregué”
A Bíblia do Peregrino, que é católica, também omite a palavra tradições:
“Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo. Ora, eu vos louvo, porque em tudo vos lembrais de mim, e guardais os preceitos assim como vo-los entreguei”
A dogmática católica, além de ter um inimigo implacável que é o contexto bíblico, ainda tem que lidar com outros inimigos: suas próprias traduções.
Palavras de Paulo a Timóteo
2ª Timóteo 1:14, que diz: “…Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouviste com fé e com o amor que está em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós”e 2ª Timóteo 2:2, onde podemos ler: “E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros”.
Assim, para eles, as sãs palavras de Paulo passadas a Timóteo deveriam ser guardadas num depósito, é claro, da tradição oral. Além disso, podemos ver no texto que aquilo que foi passado oralmente por Paulo foi feito diante de MUITAS testemunhas, mas o catolicismo afirma com veemência que mesmo assim, apesar de MUITOS terem recebido os tais dogmas, ninguém escreveu, ficou tudo em segredo nas masmorras da tradição oral.
Doutrinas como Pedro e seu pontificado em Roma, a posição exaltada de Maria na Igreja, a intercessão dos santos falecidos, penitência, celebrar missa para mortos do purgatório, adorar imagens, infalibilidade dos bispos romanos e outras, estão escondidas dentro das “sãs palavra” de Paulo. Isto é, nem Paulo, e muito menos Timóteo, juntamente com as MUITAS testemunhas somados aos outros que Timóteo deveria ensinar, jamais fizeram qualquer registro deste conteúdo. Acredite, amigo leitor, eles conseguiram, enquanto vivos, guardar tudo somente de forma oral.
Em outras palavras, as muitas testemunhas, mancomunadas com Paulo e Timóteo, fizeram com que nada fosse escrito e, até mesmo foram proibidos de registrar nas epístolas que a Igreja Primitiva acreditava e vivia o seu culto diário colocando em prática os dogmas católicos romanos.
Acham absurda minha colocação?
Vejam bem para onde levaram a conclusão de suas argumentações – a dogmática católica é a única culpada por isso. Eles responsabilizam os Apóstolos originais de manterem os dogmas apenas de boca em boca, como também os responsabilizam por não fazerem registros dos cristãos envolvidos com tais dogmas. Percebeu prezado leitor? Até a crença prática entre a igreja ficou na tradição oral – a situação é mais grave do que de pode imaginar. As “sãs palavras” foram tão bem escondidas nas masmorras da tradição que ficou impossível encontrar algum registro de cristãos primitivos mandando celebrar missas de sétimo dia para seus falecidos, fazendo intercessão ao São Moisés, venerando imagens, envolvidos com relíquias e vários outros.
A dogmática católica quer nos convencer que apesar de não haver registros de suas doutrinas – nem na vida da Igreja Primitiva (vide o livro de Atos), elas pelo menos existiam embutidas nestes textos citados. Elas estão escondidas dentro das palavras de Paulo para as muitas testemunhas. Nunca foram registradas.
Terrível o que eles tentam insinuar. As argumentações do católico, no fervor de defender sua doutrina, acabou mutilando a Bíblia de uma forma tão violenta que só os mais desavisados é que não percebem. Seu discurso demonstra total falta de conhecimento da revelação nas Escrituras Sagradas.
Uma análise sobre o depósito de Timóteo
Aqui está o texto completo: “Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e no amor que há em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós”, II Tim 1:13,14.
Eles amam palavras como falar e ouvir – os remete para a tradição oral, não vivem sem ela. Porém, o problema é que tem que tirá-las de cartas escritas, e escritas por um homem que escreveu 14 epístolas. Perceberam os argumentos que nos dão para refutar a contradição? Eles procuram naquilo que está escrito defesa para aquilo que não ficou escrito. Se pudessem eles despareceriam com as Escrituras. Veja as palavras do apologista citadas no início: “…Mais uma vez, mesmo que as Escrituras estivessem à sua disposição, Timóteo iria confiar tanto ou mais no que ele ‘ouviu’ de Paulo”.
É o fim do mundo!
Pior do que isso é o contexto, inimigo número um dos apologistas católicos. Vamos ao contexto dessa passagem. Vou iniciar do verso 3 até o presente versículo. Observe se podemos notar algum vestígio de dogmas romanos como a causa das palavras finais de Paulo a Timóteo: “Conserva o modelo das sãs palavras… guarda o bom depósito…”.
2ª Timóteo 1:3-14:
“Dou graças a Deus, a quem desde os meus antepassados sirvo com uma consciência pura, de que sem cessar faço memória de ti nas minhas orações noite e dia; desejando muito ver-te, lembrando-me das tuas lágrimas, para me encher de gozo;
Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti. Por cujo motivo te lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos.
Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação. Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus,
Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos; E que é manifesta agora pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho;
Para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios. Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia.
Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e no amor que há em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós”
Como pode ser observado, Paulo escreve de sua prisão em Roma. Isso é importante para entendermos todo o contexto. Note que encontramos duas vezes mencionado o vocábulo depósito. A primeira no verso 12, onde significa a confiança do Apóstolo em Deus, que não falta em suas promessas. Todos os seus trabalhos, seu ministério, todos os seus sofrimentos culminados agora em sua prisão em Roma nas vésperas de sua morte, se constituíram num riquíssimo depósito entregue nas mãos do Senhor.
A segunda menção da palavra depósito encontra-se no verso 14. Para qualquer leitor desprovido de preconceitos, esta passagem bíblica no panorama das relações de Paulo com Timóteo, salienta o cuidado especialíssimo do apóstolo em preservar o depósito isento de macular-se com as fábulas e doutrinas vãs.
Quem é familiar com as Escrituras sabe muito bem das lutas de Paulo com falsos irmãos (Gal 2:4) e, como muitas vezes teve ele problemas com os judeus que contradiziam sua pregação, transtornando as almas dos crentes com suas palavras (Atos 13:45; 15:24) deturpando a pureza do Evangelho. Porém, Paulo não estava sozinho, ele contava com a cooperação de Timóteo, por isso instruía o jovem pregador da melhor forma possível. Motivo pelo qual ele escreve ao seu aluno Timóteo exortando-o à fidelidade na guarda desse depósito divino, que é a doutrina do Evangelho, não permitindo, em hipótese alguma, que fosse manchada com retoques, desvios ou fábulas.
Certa ocasião, enquanto foi à Macedônia, Timóteo permaneceu em Éfeso para advertir alguns que não ensinem outra doutrina, nem se ocupem com fábulas e genealogias sem fim (1 Tim. 1:34).
Para preservar o «bom depósito», competia a Timóteo atender aos apelos de Paulo, como segue: “…aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino” (1 Tim. 4:13), “tem cuidado de ti mesmo e da doutrina” (1 Tim.4:16) e “procura apresentar-te a Deus aprovado, como operário que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2:15).
O depósito de Timóteo foi acumulado com muita leitura e estudo das Escrituras, e não apenas com instruções orais, pois o contexto não fala de tradição oral – nada tem em comum com doutrinas e dogmas católicos romanos. É o que Paulo confirma em outra exortação semelhante ao mesmo Timóteo:
“Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tem horror aos clamores vãos e profanos e às obrigações da falsamente chamada ciência; a qual professando-a alguns, se desviaram da fé” (1 Tim. 6:20 e 21).
Paulo também suplica-lhe que rejeite «as fábulas profanas e de velhinhas caducas» (1 Tim. 4:7) e assemelha a “Janes e Jambres que resistiram a Moisés os que resistem à verdade, sendo homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto a fé” (2 Tim. 3:8).
E agora, nas vésperas de sua morte em Roma, donde remetera esta Carta a Timóteo, ele pede:
“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste. E que desde a infância sabes as Sagradas Letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Tim 3:14-16).
Como podem ver está tudo escrito. Todas as instruções foram feitas em forma escrita. No entanto, depois de ver registrado a enorme preocupação do Apóstolo exortando Timóteo a aplicar-se a leitura e continuar meditando nas sagradas Escrituras, a apologética católica tem a ousadia de insinuar que Paulo entregou ao jovem, sem escrever uma só linha, as tantas doutrinas reclamadas hoje pelo catolicismo.
Todas as recomendações de Paulo visavam exatamente preservar a pureza do Evangelho, a genuinidade da doutrina, a fidelidade na guarda do «bom depósito» contra a intromissão de ensinamentos espúrios por parte dos judaizantes insubordinados e impostores, bem como de outros inovadores e corruptores.
Perceberam que Paulo não tinha necessidade alguma de instruir Timóteo a preservar doutrinas católicas romanas de forma oral? Os judaizantes e os impostores não estavam em combate com Paulo e a Igreja por causa da intercessão de santos falecidos, veneração de imagens, novenas, purgatório ou qualquer outro dogma católico. Basta ler o Livro de Atos para perceber porque eles lutavam contra Paulo e a Igreja: Não havia vestígio nenhum de doutrina católica romana!
Pelo contrário, os textos que a dogmática católica apoia para defender sua tradição não a favorece de forma alguma, mas apenas servem para corromper o bom depósito. Por esse motivo eles incorrem em anátema, segundo a advertência de Paulo aos falsos irmãos, quando escreveu aos gálatas: “…se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema” (Gál. 1:9).
É de pasmar quando vemos que toda a teologia católica romana esteja lastreada sobre essa base de areia movediça. E de pasmar mais ainda, é ver que através dos séculos a tradição tem se constituído na arma mais eficaz da apologética católica para desviar as almas da verdadeira revelação das Escrituras Sagradas.
Por: Alon Franco.
Em: A Grande Cidade.
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