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Quem acompanha Jesus na sua vinda?

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Este post não é apenas mais um artigo, é também uma errata. Em dois livros meus – "A Lenda da Imortalidade da Alma" e "A Igreja na Grande Tribulação"– eu manifesto o parecer de que, por ocasião da volta de Jesus, os mortos ressuscitarão primeiro, virão ao encontro de Cristo, e então Cristo desce com eles ao encontro dos vivos arrebatados ao final da tribulação. Nunca é tarde para mudar de perspectiva quando nos convencemos de um erro, o que só é possível com pessoas abertas para a verdade, e não com entidades autoproclamadas “infalíveis” que, por definição, não podem voltar atrás nem mesmo quando sabem que erraram em algo. Pessoas normais e falíveis, graças a Deus, podem discutir e evoluir.

Um argumento que de vez em quando é suscitado pelos imortalistas está baseado em algumas traduções de 1ª Tessalonicenses 4:14, que diz:

“Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele” (1ª Tessalonicenses 4:14)

Pela parte final, que diz que “Deus os tornará a trazer com ele”, eles deduzem que Paulo estava dizendo que na segunda vinda Jesus sairá do céu levando consigo uma legião de almas incorpóreas fantasminhas, as quais se encontrarão com os crentes vivos nos ares e então se religarão aos seus corpos terrenos, agora revestidos de incorruptibilidade. Uma vez que o conceito de “religação” da alma com o corpo por ocasião da ressurreição é algo inteiramente estranho à Bíblia (embora abundante na literatura apócrifa e pagã) e Paulo não menciona nada disso no texto, deve haver algo errado nesta interpretação.

No entanto, a solução para esta interpretação cabulosa não é que os mortos em suas sepulturas ressuscitarão primeiro, encontrarão Cristo e então virão para o encontro dos vivos nos ares. Isso porque a continuação da passagem nos diz que os vivos e os mortos ressurretos serão arrebatados juntos, ou seja, no mesmo momento:

“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1ª Tessalonicenses 4:16-17)

Como vemos, os mortos ressuscitam primeiro, e logo depois os vivos são arrebatados juntamente com os mortos ressurretos, o que mostra que estes mortos ressurretos nem vieram de uma dimensão celestial, nem tampouco se encontraram com Cristo em algum momento antes deste encontro nos ares que se dá em conjunto com os vivos arrebatados. Portanto, a minha compreensão do versículo estava errada, o que significa que, na volta de Jesus, apenas Cristo e os anjos é que descerão à terra para o encontro com os vivos arrebatados e os mortos ressuscitados (e depois arrebatados junto com os vivos).

O meu próximo passo foi, então, pesquisar com mais atenção o que a Bíblia tem a dizer sobre isso especificamente. Quem é que descerá à terra junto com Cristo, por ocasião de seu segundo advento? Para a minha surpresa, foi impressionante o número de versículos que respondem a esta questão definindo exatamente da forma que eu esperava: apenas Jesus e os anjos. Vejamos alguns deles, onde o próprio Senhor Jesus e também o apóstolo Paulo respondem a esta questão sem nenhuma sombra de dúvida:

“Pois o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então recompensará a cada um de acordo com o que tenha feito” (Mateus 16:27)

“Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora, o Filho do homem se envergonhará dele quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos"(Marcos 8:38)

"Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anjos, assentar-se-á em seu trono na glória celestial”(Mateus 25:31)

“E ele enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e estes reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus” (Mateus 24:31)

“E dar alívio a vocês, que estão sendo atribulados, e a nós também. Isso acontecerá quando o Senhor Jesus for revelado lá do céu, com os seus anjos poderosos, em meio a chamas flamejantes”(2ª Tessalonicenses 1:7)

Qual a conclusão que qualquer pessoa séria e honesta toma a partir desses vários textos bíblicos? Que na volta de Jesus ele virá junto com os anjos e também com uma multidão de almas de santos falecidos para o encontro dos vivos nos ares? Óbvio que não. A não ser que Jesus e Paulo estivessem constantemente se esquecendo de mencionar os mortos e misteriosamente sempre se lembrando apenas dos anjos, é lógico que apenas os anjos vêm junto com Jesus ao nosso encontro, na Sua volta.

Há um único texto que é usado por alguns como uma “prova” do oposto, que é o que diz:

“Enoque, o sétimo a partir de Adão, profetizou acerca deles: ‘Vejam, o Senhor vem com milhares de milhares de seus santos, para julgar a todos e convencer a todos os ímpios a respeito de todos os atos de impiedade que eles cometeram impiamente e acerca de todas as palavras insolentes que os pecadores ímpios falaram contra ele’”(Judas 1:14-15)

E pronto, já é o suficiente para alguns concluírem que esses santos são os homens falecidos, ou pior ainda, os “santos” da Igreja Católica!

Este problema crônico na interpretação, conhecido como anacronismo, é algo que eu tive que tratar em um capítulo à parte em meu livro "Exegese de Textos Difíceis da Bíblia", visto que é um dos maiores equívocos em que incorrem os intérpretes inexperientes. O anacronismo consiste em interpretar algum termo antigo à luz do que esta palavra significa hoje em dia, em vez de interpretar esta mesma expressão à luz do que o escritor antigo achava que era. Um católico que lê o termo “santos” já pensa imediatamente nos santinhos canonizados pela Igreja Romana, que mais tarde se transformam naquelas imagens de gesso que estamos acostumados a ver. Mas obviamente não era isso que o autor da epístola tinha em mente naquela época.

Note, em primeiro lugar, que Judas não está falando algo de si mesmo, e sim fazendo uma citação de Enoque. No livro de Enoque, por sua vez, o termo “santos” é constantemente atribuído precisamente aos anjos, o que ocorre tão frequentemente que eu citarei aqui apenas um pequeno parágrafo da obra, que fala por si mesma:

“Estes são os nomes dos anjos Sentinelas: Uriel, um dos santos anjos, o qual preside sobre o clamor e o terror. Rafael, um dos santos anjos, o qual preside sobre os espíritos dos homens. Raguel, um dos santos anjos, o qual inflige punição ao mundo e às luminárias. Miguel, um dos santos anjos, o qual, presidindo sobre a virtude humana, comanda as ações. Sarakiel, um dos santos anjos, o qual preside sobre os espíritos dos filhos dos homens que transgridem. Gabriel, um dos santos anjos, o qual preside sobre Ikisat, sobre o paraíso e sobre o querubim”[1]

É evidente que estes santos que Enoque se referia não eram aquilo que o católico tem em mente hoje, e sim os anjos, que toda a literatura judaica antiga de índole messiânica assegurava que viriam junto com o Messias no dia final. Na própria Bíblia vemos exemplos claros dos anjos sendo chamados de “santos”, como por exemplo:

“Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora, o Filho do homem se envergonhará dele quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos"(Marcos 8:38)

“Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier em sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos(Lucas 9:26)

“Também beberá do vinho do furor de Deus que foi derramado sem mistura no cálice da sua ira. Será ainda atormentado com enxofre ardente na presença dos santos anjos e do Cordeiro”(Apocalipse 14:10)

Portanto, os santos que Judas diz que virão com Jesus na citação de Enoque nada mais são do que os próprios anjos, que são sempre exclusivamente mencionados como sendo os que virão com Cristo na sua volta (Mc.8:38; Lc.9:26; Mt.16:27; Mt.25:31; Mt.24:31; 2Ts.1:7). Judas 14 não é nenhuma exceção à regra para falar que as “almas” dos mortos virão com Cristo em vez dos anjos!

Mas se não haverá nenhuma alma humana no céu para descer com Cristo na segunda vinda e se religar ao corpo na sepultura, então como explicar o texto de Paulo aos tessalonicenses, citado no início do artigo? Estudando o texto em questão, percebi que ele é um dos mais divergentes em questão de tradução, sendo poucos os versos que o superam em termos de traduções ambíguas ou contraditórias entre si. Não tenho como citar todas as versões do mundo, mas citarei aqui algumas das mais usadas:

“Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele”(Almeida Corrigida e Revisada Fiel)

“Porque, se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também aos que dormem, Deus, mediante Jesus, os tornará a trazer juntamente com ele” (Almeida Revisada Imprensa Bíblica)

As versões acima da Bíblia Almeida têm um elemento que passa despercebido por muitos, que é o “tornará”. Eu não encontrei este termo no grego e nem nas outras versões em português ou em outros idiomas, o que me leva a crer que eles traduziram de algum outro manuscrito e não do mesmo. De qualquer forma, elas colocam em xeque a interpretação de que Paulo estivesse neste texto dizendo que as almas dos mortos descerão com Cristo ao encontro dos vivos. Isso porque, se Jesus tornará a trazer com ele, é porque eles não estavam com ele. Você só “torna” a trazer algo se este algo já não estava mais com você, embora estivesse antes. O sentido aparente com esta tradução é que aquelas pessoas estavam conectadas a Cristo durante a vida, depois não mais durante a morte, e então Cristo volta a trazer aquelas pessoas para si. 

Quem não concorda com as versões Almeida é a NVI, que traduz:

“Se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e juntamente com ele, aqueles que nele dormiram”(Nova Versão Internacional)

Essa versão sim abre a possibilidade de que Paulo estivesse falando de Jesus vindo à terra junto com os mortos, mas claramente não é este o sentido pretendido por Paulo no texto. Uma outra tradução segue a linha de Almeida com um acréscimo importante:

“Porque se cremos que Jesus, depois de morrer, ressuscitou, também devemos crer que todos aqueles que morreram, fiéis a Jesus, Deus os tornará a trazer à vida, na companhia de Jesus”(O Livro)

Esta versão tem um adendo importante – “Deus os tornará a trazer à vida”. Ela faz muito mais sentido do que aquelas que abrem a possibilidade de Paulo estar se referindo a trazer almas incorpóreas com Cristo no momento de descer à terra ao encontro dos vivos, porque mostra que este “tornar” está relacionado à existência que lhes foi tirada pelo simples fato de estarem mortos. Em outras palavras, os indivíduos falecidos estão sem vida, e então Deus torna a trazê-los à existência por meio de Cristo e para a companhia dEle.

Já a versão católica “Ave Maria” traduz deste jeito:

“Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que nele morreram” (Ave Maria)

Embora alguém possa interpretar que este “levará com Jesus” significa que os mortos estarão voltando junto com Cristo no céu, o texto também pode ser interpretado da maneira mais simples, como significando que aqueles que agora estão mortos (sem vida) um dia serão levados novamente para a presença de Jesus. Este é o significado presumível à luz de todo o contexto, como veremos mais adiante. Poderia passar várias outras traduções aqui, mas deixaria o artigo demasiadamente extenso e apenas basicamente repetiria o teor de alguma das versões que já foram transcritas. De todo modo, se você quiser conferir mais amplamente as traduções, pode consultar aqui, aquie aqui.

Infelizmente, a análise do texto grego em si não nos ajuda muito a elucidar este texto especificamente, porque ele é cheio de lacunas que são posteriormente preenchidas pelos tradutores de alguma maneira que o tradutor julga mais conveniente, o que explica o tanto de traduções diferentes que existem. Abaixo está o que o “Novo Testamento Interlinear Analítico Grego-Português”, de Paulo Sérgio e Odayr Oliveti, verte no texto em pauta:


Embaixo da palavra em grego está o significado literal de acordo com os autores (que pode ser comparado com o significado oferecido pelo léxico de Strong, disponível aqui), e mais abaixo ainda está a tradução que os autores sugerem, a qual preenche as lacunas deixadas pelo texto grego, isso porque o texto grego em si diz literalmente algo como isso:

“Se de fato cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus os que adormeceram por meio de [ou em] Jesus há de trazer com ele”

As lacunas poderiam ser preenchidas de uma forma mais simples se tão somente vertessem por:

“Se de fato cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, [quanto aos] que adormeceram em Jesus, há de trazer com ele”

Essa sugestão interpretativa fecharia o texto com bem menos lacunas do que o que é traduzido pela maioria das versões bíblicas, ou seja, é o que corresponderia com o texto grego em maior proximidade, sem a necessidade de muitas interpolações.

A palavra grega συν, de acordo com o léxico de Strong (4862), é “uma preposição primária que denota união; com ou juntos”. O significado mais plausível do texto, por conseguinte, é que os que “dormiram em Cristo” (i.e, os que morreram) não estão perdidos para sempre, porque, da mesma forma que Deus ressuscitou Jesus, ele também os ressuscitará para trazê-los à sua presença, a fim de estarem unidos com Cristo. Infelizmente (ou felizmente), não há nada de “almas” incorpóreas voltando junto com os anjos para se religar a corpos mortos na terra...

Em um texto de difícil tradução, a definição de seu significado pretendido é geralmente estabelecida mediante o contexto, mais até do que a análise do texto grego em si. E o contexto rejeita totalmente a idéia de que Paulo estivesse com almas desencarnadas voltando com Cristo em mente. Vejamos o que diz o texto com atenção a seu contexto maior:

“Irmãos, não queremos que ignoreis coisa alguma a respeito dos mortos, para que não vos entristeçais, como os outros homens que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que nele morreram. Eis o que vos declaramos, conforme a palavra do Senhor: por ocasião da vinda do Senhor, nós que ficamos ainda vivos não precederemos os mortos. Quando for dado o sinal, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, o mesmo Senhor descerá do céu e os que morreram em Cristo ressurgirão primeiro. Depois nós, os vivos, os que estamos ainda na terra, seremos arrebatados juntamente com eles sobre nuvens ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras”(1ª Tessalonicenses 4:13-18)

Vejamos, portanto, o que Paulo estava expressando em sua totalidade:

• Alguns tessalonicenses estavam tristes (v.13), já presumivelmente perdendo as esperanças (v.13) de rever seus entes queridos falecidos um dia. Em outras palavras, eles pensavam que estes mortos estariam mortos para sempre.

• Paulo refuta esse desânimo dos tessalonicenses com a real esperança do verdadeiro cristão: a ressurreição (v.14). Não há razão para se entristecer ou para perder a esperança, uma vez que na ressurreição os mortos voltarão à existência e nós iremos ao encontro deles no arrebatamento.

• Paulo então faz uma analogia com a ressurreição de Jesus: se nós cremos que Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos, então também temos que crer que Deus irá ressuscitar os outros mortos (v.14), o que inclui estes entes queridos dos tessalonicenses. Consequentemente, chegará o dia em que estes mortos ressuscitarão como Jesus ressuscitou, e serão levados juntamente para a presença dEle.

• Paulo então decide aprofundar a questão, abordando como que isto se concretizará. Ele começa falando sobre o quando, e aponta a segunda vinda de Cristo (v.15).

• Então, o apóstolo diz que nós (os que ficarmos vivos até Jesus voltar) não precederemos os que dormem (isto é, os que morreram antes disso). Este adendo serviu para refutar o pensamento daqueles que pensavam que nós (os vivos) fôssemos encontrar Cristo, mas eles (os mortos) já haviam perdido a chance. Era por isso que eles estavam tristes (v.13). Paulo reitera que isso não vai acontecer. Na volta de Jesus, os mortos ressuscitarão e os vivos serão arrebatados no mesmo momento (vs.16-17), de modo que entraremos na glória no mesmo instante. Portanto, não é preciso se preocupar com isso.

• Quando o arcanjo tocar a trombeta, os mortos ressuscitarão primeiro e os vivos logo em seguida serão arrebatados juntamente com os ressuscitados para o encontro com Cristo nos ares. Pense no momento: todos os átomos do corpo humano serão milagrosamente reintegrados, e os mortos ressurretos subirão junto conosco, num mesmo instante, para a presença de Cristo e dos anjos que vem com Ele! Será o reencontro esperado entre todos os que se amavam, e o glorioso momento em que nos veremos face a face com o Senhor!

• Paulo, por fim, conclui: “consolem uns aos outros com estas palavras” (v.18). Era uma forma de dizer: estaé a esperança do cristão, é nistoque vocês têm que se animar!

Infelizmente, essa esperança dos cristãos primitivos foi totalmente substituída por uma falsa esperança vã e vazia na alma saindo do corpo e indo pro céu depois da morte, para depois se religar ao defunto no sepulcro, ensino este jamais pregado por apóstolo nenhum. A esperança voltada exclusivamente à ressurreição dos mortos e à volta de Jesus deu lugar a uma crença pagã numa “alma imortal” que vai pro céu e fica ali pra sempre. Quão longe isso está da perspectiva de Paulo, segundo o qual “e assim [isto é, desde modo, através da ressurreição] estaremos para sempre com o Senhor”(v.17).

Se Paulo fosse imortalista, ele teria simplesmente dito que a tristeza dos tessalonicenses era sem sentido uma vez que seus parentes falecidos já estavam com Jesus no céu e que eles iriam ao seu encontro tão logo suas almas deixassem o corpo em direção à outra dimensão... neste caso, a ressurreição seria um mero detalhe na trama.

Não, não há fantasminhas saindo e voltando ao corpo, para viver num Paraíso etéreo e impalpável, voando no céu enquanto persegue as nuvens, vestindo um manto branco, tocando harpa e bebendo leite de ambrósia. O que há é um Paraíso tangível, habitado por seres físicos, cuja natureza tornada gloriosa mediante a ressurreição o capacitará a viver em um planeta purificado, transformado e tornado perfeito mediante a vinda do Senhor. O realismo bíblico, longe de ser de evasão da terra, consiste em um Paraíso do Éden renovado à sua perfeição original, na regeneraçãode todas as coisas”(Mt.19:28).

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Por Cristo e por Seu Reino,


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[1] Livro de Enoque, 20:1-7.

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