Quando estamos debatendo com esquerdistas fanáticos, é comum ter que lidar com dissimulações. Por exemplo, se dissermos que somos contra a homossexualidade ou o casamento gay, o militante LGBT imediatamente nos acusa de sermos homofóbicos e preconceituosos, ainda que ressaltemos um milhão de vezes que não temos nada contra a pessoa em si, mas sim contra a prática. Mas é mais fácil rotular que todos os cristãos “odeiam gays” do que entrar de fato no campo dos debates. Para eles, ou você concorda com a cartilha do ativismo gay, ou você é um “homofóbico”.
A mesma coisa ocorre quando tentamos levar uma discussão sadia com um comunista de carteirinha. Não adianta você discutir sobre livre mercado, liberalismo econômico ou conservadorismo cristão, porque ele só vai entender uma coisa: que você odeia pobres. E mesmo que você prove por A mais B que a sua teoria ajuda mais os pobres do que a dele, ele vai continuar repetindo: você odeia os pobres, odeia os pobres, odeia os pobres. Ou você concorda com o estatismo e socialismo, ou você é da “elite branca opressora”, que, é claro, “odeia os pobres”.
Com os católicos fanáticos é a mesma coisa, só que pior, porque neste caso estamos lidando teoricamente com cristãos (ou pelo menos com quem pensa ser um), os quais já deveriam ter aprendido a não dar falso testemunho. Só que o nível de difamação, vitimização e calúnia entre os fanáticos papistas é muito maior. Os protestantes que não concordam com a idolatria à Maria são rotineiramente taxados de pessoas que “odeiam a Virgem Maria”. Ou você concorda com os dogmas marianos criados tardiamente e que contradizem ferrenhamente a Bíblia, ou você “odeia a Virgem Maria”. É dissimulação e picaretagem que não acaba mais.
No fundo, o militante gay sabe que você não odeia gays, mas ele quer pintar essa imagem assim mesmo, para favorecer seu lobby. O militante comunista também sabe que quem é da direita não “odeia os pobres”, mas ele faz questão de tentar passar essa noção ao público, para passar a ideia de que ele está “do lado do povo”. E, da mesma forma, o católico desonesto que acusa os protestantes de “odiarem Maria” também sabe que nós não a odiamos, mas ele tenta transmitir este conceito assim mesmo, para que todos pensem que ele está no “eixo do bem”, defendendo a dignidade da Virgem, enquanto os protestantes malvados estão no “eixo do mal”, atacando a mãe de Jesus.
Até pouco tempo atrás, eu pensava que este nível de calúnia e falsidade só estava presente em catoleigos debatedores de fundo de quintal que discutem com evangélicos durante o recreio, mas nos últimos dias descobri que até um certo velho decadenteusa este argumento falso e ridículo para atacar os evangélicos. Em seu mural no Facebook, ele repete diversas vezes que está “defendendo a honra da Virgem Maria” contra esses protestantes malignos que “a odeiam”. O interessante é que o charlatão não mostrou nenhuma citação de ódio a Maria vindo de um protestante. Basta um evangélico dizer que “todos pecaram” (Rm.3:23), incluindo Maria, que já é rotulado de “odioso”. Basta a um crente afirmar que Maria não é uma deusa para ser adorada, que o cretino já parte para a vitimização, como se estivessem atacando a “honra” de Maria, e ele, o bom samaritano, fosse lá defendê-la.
Eu debato há muitos anos com católicos, quase todos os dias, e já estou acostumado a lidar com este tipo de dissimulação e picaretagem. Em todo este tempo, eu nunca vi um crente de fato ofender Maria, ou odiá-la. Eu nunca vi um protestante usar os palavrões que o Mestre vomita todos os dias e direcioná-los à Virgem. Eu nunca vi um protestante negar que Maria seja bem-aventurada e agraciada, como diz a Bíblia. Eu nunca vi um evangélico negar que Maria tenha tido um papel especial por ter sido a mãe de Jesus. E no mural do velho decadente, também não vi nenhum exemplo disso. Os evangélicos diziam que é errado adorar Maria, que ela é uma criatura como todos nós, e lá ia o velho dissimulado acusá-los de “odiar a Virgem”.
Tudo não passa de técnicas de persuasão para enganar incautos, numa tentativa infame e descarada de tentar colocar os evangélicos contra a mãe de Jesus e os católicos a favor, para ver se assim consegue ganhar algumas poucas almas à sua causa nefasta antiprotestante. Neste artigo, irei mostrar o que os evangélicos realmente pensam sobre Maria, e veremos que nós não pensamos nada a mais e nada a menos do que a Bíblia afirma a respeito dela. Em seguida, veremos o que os evangélicos pensam que Maria não é, e veremos que nós não creditamos a ela algo que a Bíblia não diz sobre ela – e que os católicos fantasiam, indo “além daquilo que está escrito” (1Co.4:6).
•O que os evangélicos creem sobre Maria
Nós, cristãos evangélicos, não temos absolutamente nenhum problema ou hesitação em afirmar sobre Maria aquilo que a Bíblia efetivamente diz que ela foi. A Bíblia diz que Maria era bendita entre as mulheres, e nós concordamos:
“Em alta voz exclamou: Bendita é você entre as mulheres, e bendito é o filho que você dará à luz!” (Lucas 1:42)
A Bíblia também diz que Maria era “agraciada” ou “cheia de graça” (dependendo da tradução polêmica do kecharitomene), e nós concordamos:
“O anjo, aproximando-se dela, disse: ‘Alegre-se, agraciada! O Senhor está com você!’ Maria ficou perturbada com essas palavras, pensando no que poderia significar esta saudação. Mas o anjo lhe disse: ‘Não tenha medo, Maria; você foi agraciada por Deus!’” (Lucas 1:28-30)
A Bíblia diz que Maria seria chamada de “bem-aventurada” por todas as gerações, e nós concordamos, e consideramos Maria certamente muito bem-aventurada:
“Então disse Maria: ‘Minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, pois atentou para a humildade da sua serva. De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada, pois o Poderoso fez grandes coisas em meu favor; santo é o seu nome’” (Lucas 1:46-49)
A Bíblia diz que Maria deu à luz a Jesus enquanto ainda era virgem, e nós concordamos também:
“E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher; e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus” (Mateus 1:24-25)
Só pelo fato de Maria ter sido a mãe de Jesus, o Filho de Deus, já seria mais que o suficiente para considerá-la de fato bem-aventurada, bendita e agraciada, como a Bíblia lhe confere. Embora a Bíblia diga que Maria era bendita entre as mulheres, e não mais que as mulheres, eu afirmo sem hesitação que ela era mais bendita que todas as mulheres também, em função deste fato único e singular. E embora a tradução mais provável do kecharitomene seja de “agraciada” e não de “cheia de graça”, eu creio sem sombra de dúvidas que Maria era “cheia de graça” também. E isso não é nenhum recuo: no dia 7 de setembro de 2012 eu já escrevia um artigo afirmando isso, que você pode ler clicando aqui.
Pense comigo: quem é que considera uma pessoa cheia de graça, bendita entre as mulheres, bem-aventurada e serva de Deus, e que a odeia? Quem, em sã consciência, iria “ofender a honra” de alguém para quem tem um apreço tão grande, considerando tudo o que a Bíblia efetivamente diz a seu respeito? Ninguém. No entanto, na cabeça do papista desvairado, “ofender Maria” significa não crer nos dogmas marianos inventados por Roma, que vão totalmente além daquilo que a Bíblia diz a respeito da mãe de Jesus. Como o mariano fanático tem uma imagem em mente na qual Maria é mais que uma mera criatura, mas é como uma deusa, então qualquer evangélico que discorde que Maria seja uma “deusa-mãe” está automaticamente “odiando Maria” (na cabeça do militante católico, é claro).
Isso significa que se você disser sobre Maria tudo aquilo que a Bíblia fala a respeito dela, então você “a odeia”. A Bíblia, por esta ótica, “odeia Maria”, porque nós só afirmamos sobre ela o que a Bíblia diz sobre ela! Afirmar sobre Maria apenas aquilo que a Bíblia diz sobre Maria é odioso, e para “honrar” a mãe de Jesus devemos crer também em todas as tradições romanistas tardias que vão além – e em muitos casos até contrariam – daquilo que a Bíblia diz. É claro que um mariano fanático vai acusar o protestante de ser “biblista”, mas deixe que acusem. É melhor ser um biblista do que ser um idólatra.
•O que os evangélicos não creem sobre Maria
O que os evangélicos não creem que Maria seja? Nada a mais do que aquilo que a Bíblia não diz sobre ela, e que a tradição romana extrabíblica arroga a respeito dela. Em primeiro lugar, a Bíblia não diz que Maria foi “a maior criatura terrestre que já existiu”. A Bíblia diz que no tempo da antiga aliança o maior foi João Batista:
"Digo-lhes a verdade: Entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João Batista; todavia, o menor no Reino dos céus é maior do que ele"(Mateus 11:11)
Em segundo lugar, a Bíblia não diz que Maria foi assunta aos céus de corpo e alma, como afirma a Igreja Romana. Não há base sólida para isso nem na Bíblia, nem na história. Os primeiros Pais da Igreja simplesmente não afirmaram absolutamente nada a respeito de uma “assunção” de Maria, e Epifânio, no século IV, disse explicitamente não saber qual fim que Maria teve. Mesmo assim, em pleno século XX a Igreja Romana teve uma “luz dos céus”, e, de repente, descobriu que Maria foi assunta de corpo e alma, e que agora está intercedendo por nós no Céu! Aquilo que antes era especulação de um ou outro Pai da Igreja de data tardia se transformou, subitamente, em um dogma – daqueles que você precisa crer para não ser considerado um “herege”!
Em terceiro lugar, existem certas passagens na Bíblia que parecem existir justamente com a única finalidade de que ninguém prestasse uma honra maior a Maria do que lhe é devida, porque, embora fosse a mãe de Jesus, ainda não deixava de ser criatura, nem tampouco devia tomar o lugar do Criador. Quando Maria notificou Jesus que não havia mais vinho, ele respondeu desta forma:
"E, faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho. Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora. Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser" (João 2:3-5)
Dentre todos de Israel, a pessoa em quem Jesus encontrou mais fé não foi Maria, mas um centurião:
"Ouvindo isto, cheio de admiração, disse Jesus aos presentes: Em verdade vos digo: não encontrei semelhante fé em ninguém de Israel" (Mateus 8:10)
Quando uma mulher tentou glorificar Maria em meio à multidão, Jesus respondeu que todos aqueles que ouvem e praticam a palavra de Deus são bem-aventurados “antes” que Maria:
"E aconteceu que, dizendo ele estas coisas, uma mulher dentre a multidão, levantando a voz, lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste. Mas ele disse:Antes, bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guarda" (Lucas 11:27-28)
Quando Maria e os irmãos de Jesus lhe buscavam do lado de fora, Jesus não apenas recusou sair, mas colocou sua família espiritual acima de sua família natural, dizendo:
"E a multidão estava assentada ao redor dele, e disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos te procuram, e estão lá fora. E ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? E, olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Porquanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe" (Marcos 3:32-35)
O catoleigo, o tridentino e os seguidores do velho decadente geralmente sequer conhecem essas passagens, ou as ignoram, ou tentam perverter grosseiramente o significado óbvio delas, tentando passar um significado totalmente distinto do sentido natural e claro dos textos. Eles fazem isso porque a idolatria a Maria já está tão enraizada em seus corações que não são capazes de admitir as coisas que Jesus disse nos textos acima. Então eles fingem que estes textos não existem, ou os distorcem sem piedade.
O mais engraçado é que o velho decadente pede aos protestantes a prova de que Maria pecou, invertendo pateticamente o ônus da prova. Como Paulo disse que “todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus”(Rm.3:23), o ônus da prova deveria estar com eles, e não conosco. São eles que têm que provar que Maria não faz parte do “todos”, e não nós que devemos provar o óbvio! Mas o charlatão inverte grosseiramente o ônus da prova, pedindo aos protestantes o texto bíblico que mostra o pecado de Maria. A coisa chega a ficar tão ridícula que este senhor não deve nem saber que a Bíblia também não mostra um pecado cometido por Daniel, ou por José, ou por Abel, ou por Estêvão, ou por Esdras, ou por tantos outros personagens bíblicos.
Se alguém pedisse ao velho decadente a prova bíblica de que esses e outros personagens pecaram, ele não teria um texto descrevendo claramente o ato pecaminoso. O católico simplesmente deduz que eles pecaram porque “todos pecaram”. Mas quando a questão chega a Maria, eles invertem o ônus da prova mediocremente, como se fôssemos nós que devêssemos provar que houve pecado, e não eles que devessem provar que não houve! Pelo fato de a natureza humana ser totalmente inclinada ao pecado e de todos terem pecado segundo Paulo, isso já deveria bastar. Mas como se não bastasse, a Bíblia diz claramente que Maria precisava de um Salvador, e quem não tem pecado não precisa de salvação:
“Então disse Maria: ‘Minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador’” (Lucas 1:46-47)
“Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores” (Marcos 2:17)
Além disso, no Apocalipse ninguém foi achado “digno” de abrir o livro e nem mesmo de olhar para ele, exceto Jesus:
“Vi um anjo poderoso, proclamando em alta voz: ‘Quem é digno de romper os selos e de abrir o livro?’ Mas não havia ninguém, nem no céu nem na terra nem debaixo da terra, que podia abrir o livro, ou sequer olhar para ele. Eu chorava muito, porque não se encontrou ninguém que fosse digno de abrir o livro e de olhar para ele. Então um dos anciãos me disse: ‘Não chore! Eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos’” (Apocalipse 5:2-5)
Além disso, a própria Maria se reconhecia como pecadora pela oferta que deu no templo:
“E para darem a oferta, segundo o que está dito na Lei do Senhor, um par de rolas, ou dois pombinhos” (Lucas 2:24)
Pela lei era desta maneira que era expiada a iniquidade da mulher que tinha dado à luz:
"E, quando forem cumpridos os dias da sua purificação, seja por filho ou por filha, trará um cordeiro de um ano para holocausto, e um pombinho ou uma rola para oferta pelo pecado, à porta da tenda da revelação, ao sacerdote, o qual o oferecerá perante o Senhor, e fará, expiação por ela; então ela será limpa do fluxo do seu sangue. Esta é a lei da que der à luz menino ou menina. Mas, se as suas posses não bastarem para um cordeiro, então tomará duas rolas, ou dois pombinhos: um para o holocausto e outro para a oferta pelo pecado; assim o sacerdote fará expiação por ela, e ela será limpa" (Levítico 2:6-8)
Além disso, em certa ocasião Maria e os irmãos de Jesus achavam que ele estava “fora de si”, isto é, “louco”. Se achar que Jesus está louco não é pecado, então eu não sei o que é:
“Quando seus familiares ouviram falar disso, saíram para apoderar-se dele, pois diziam: ‘Ele está fora de si’” (Marcos 3:21)
“Então chegaram a mãe e os irmãos de Jesus. Ficando do lado de fora, mandaram alguém chamá-lo” (Marcos 3:31)
Note que a Bíblia não faz nenhuma exceção quando diz que os familiares de Jesus achavam que ele estava “fora de si”. Os mariólatras que excetuam Maria são praticantes natos de eisegese, os quais querem injetar no texto aquilo que não está ali.
Por fim, se Maria cumpriu toda a lei, então Jesus sequer era necessário. É exatamente porque ninguém foi capaz de cumprir toda a lei que Deus teve que enviar o Seu Filho unigênito “para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo.3:16). Se Maria, ou qualquer ser humano do mundo tivesse conseguido viver sem cometer nenhum pecado, cumprindo plenamente toda a lei, e ter nascido sem a mancha do pecado original, então Jesus seria desnecessário: bastaria que aquela pessoa morresse e nos salvasse. Não é estranho então que alguns mariólatras mais doentes como Paulo Leitão afirmem sem medo de errar que Maria é “co-redentora” – o que chega a ser blasfêmico (cf. At.4:12).
Pior ainda é ver o velho decadente “desafiando” os protestantes em seu mural, quando ele bloqueia todos os que entram lá para refutar o cretino. Eu vi vários evangélicos postando artigos do meu blog nos comentários. O velhote não refutou nenhum e bloqueou todos. E depois de bloquear todos que o refutam, ainda tem a safadeza de dizer que ninguém o refutou. É canalhice que não acaba mais!
E para piorar ainda mais a situação do idólatra mariano, a Bíblia silencia completamente sobre Maria após os evangelhos. A razão para isso é simples: Maria não tem uma função doutrinária. A doutrina é Cristocêntrica, voltada em Cristo, por Cristo e para Cristo. A mãe de Jesus é citada várias vezes nos evangelhos, especialmente nos contextos que falam do nascimento de Jesus, mas depois disso desaparece lentamente da Bíblia, saindo totalmente de foco.
Em Atos dos Apóstolos, ela só é mencionada uma única vez, logo no início, quando Lucas diz que Maria e os irmãos de Jesus estavam reunidos no cenáculo junto aos discípulos (At.1:13-14). Depois disso, Maria não é mencionada nominalmente nenhumavez em Atos, e também:
• Maria não é mencionada nenhumavez em Romanos.
• Maria não é mencionada nenhumavez em 1ª Coríntios.
• Maria não é mencionada nenhumavez em 2ª Coríntios.
• Maria não é mencionada nenhumavez em Gálatas.
• Maria não é mencionada nenhumavez em Efésios.
• Maria não é mencionada nenhumavez em Filipenses.
• Maria não é mencionada nenhumavez em Colossenses.
• Maria não é mencionada nenhumavez em 1ª Tessalonicenses.
• Maria não é mencionada nenhumavez em 2ª Tessalonicenses.
• Maria não é mencionada nenhumavez em 1ª Timóteo.
• Maria não é mencionada nenhumavez em 2ª Timóteo.
• Maria não é mencionada nenhumavez em Tito.
• Maria não é mencionada nenhumavez em Filemom.
• Maria não é mencionada nenhumavez em Hebreus.
• Maria não é mencionada nenhumavez em Tiago.
• Maria não é mencionada nenhumavez em 1ª Pedro.
• Maria não é mencionada nenhumavez em 2ª Pedro.
• Maria não é mencionada nenhumavez em 1ª João.
• Maria não é mencionada nenhumavez em 2ª João.
• Maria não é mencionada nenhumavez em 3ª João.
• Maria não é mencionada nenhumavez em Judas.
• Maria não é mencionada nenhumavez no Apocalipse (embora os papistas pervertam o sentido de Apocalipse 12 para fazer com que a simbologia aplicada a Israel se relacione à pessoa de Maria – clique aquipara ler a respeito).
A única vez em que Maria aparece indiretamente nas cartas é quando Paulo diz:
“Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei, a fim de redimir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a adoção de filhos” (Gálatas 4:4-5)
Note que Paulo nem sequer faz questão de citar o nome da mulher. Ele somente diz de passagem que Jesus nasceu “de mulher, debaixo da lei”, para mostrar que Deus quis que Jesus fosse realmente um homem. O foco não ia para Maria nem mesmo quando ela tinha que ser citada! Claramente, a concepção de Paulo era “protestante” (leia-se “Cristocêntrica”), em direto contraste com a visão papista (leia-se “mariocêntrica”).
Quando avançamos para os escritos dos primeiros Pais da Igreja, é o mesmo cenário que sucede. Inácio de Antioquia escreveu sete cartas. Em cinco, Maria nem sequer é mencionada. Ela é citada três vezes na carta aos efésios e uma vez na carta aos tralianos, mas somente de passagem, em contextos onde o foco estava em Jesus, e era apenas dito que ele nasceu de uma virgem chamada Maria. Nenhum dogma mariano é mencionado.
Dos outros Pais da Igreja, o resultado é esse:
• Aristides não cita Maria nominalmente nenhumavez.
• Policarpo não cita Maria nominalmente nenhumavez.
• Clemente de Roma não cita Maria nominalmente nenhumavez.
• Hermas não cita Maria nominalmente nenhuma vez.
• Taciano não cita Maria nominalmente nenhumavez.
• Papias não cita Maria nominalmente nenhumavez.
• Teófilo não cita Maria nominalmente nenhuma vez.
• Barnabé não cita Maria nominalmente nenhumavez.
• A Didaquê não cita Maria nominalmente nenhumavez.
• Polícrates não cita Maria nominalmente nenhumavez.
• Justino não cita Maria nominalmente nenhumavez em sua 1ª Apologia, nenhuma vez em sua 2ª Apologia, nenhumavez em seu Oratório aos Gregos, nenhuma vez em sua obra sobre o Governo de Deus, nenhumavez em sua obra sobre a Ressurreição, nenhuma vez em seus fragmentos, nenhumavez em seu Discurso aos Gregos, e nove vezes em seu Diálogo com Trifão, em contextos onde contava a Trifão a história do nascimento de Jesus ou onde dizia que Jesus nasceu de uma virgem, sem citar absolutamente nenhum dogma mariano papista.
Compare isso tudo com os pedantes católicos dos dias de hoje, que citam Maria até na introdução de uma simples carta (“Salve Maria”), independentemente do teor ou conteúdo da mesma!
Foi só depois de a imortalidade da alma ter sido introduzida na Igreja cristã em finais do século II, e posteriormente com ela a doutrina da intercessão dos santos, e mais tarde do culto aos mortos, que Maria começou a ganhar cada vez mais destaque, ênfase e “títulos”. Ela, que antes era citada pouquíssimas vezes e apenas de passagem, passou a virar o centro das atenções e o receptáculo de inúmeras honrarias idólatras. Mesmo assim, o desenvolvimento completo da idolatria mariana só se deu séculos mais tarde, e hoje se vê presente na Igreja Romana em seu nível máximo de apelação idólatra. Nem mesmo a Igreja Ortodoxa admite todos os dogmas marianos – ela rejeita a imaculada conceição e a assunção de Maria, além de ser contra a confecção de imagens de escultura e de procissão.
Além de não glorificar, exaltar ou “honrar” Maria (no sentido romanista do termo) em lugar nenhum, Paulo ainda fazia questão de alertar contra toda forma de idolatria, onde o homem troca o Criador por uma criatura:
“Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis... trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém”(Romanos 1:22,23,25)
O temor de Paulo desde sempre foi que o evangelho puro e sincero de devoção única a Cristo fosse maculado, com a introdução de outros “senhores” ou “senhoras”:
"O mesmo zelo que Deus tem por vocês eu também tenho. Porque vocês são como uma virgem pura que eu prometi dar em casamento somente a um homem, que é Cristo. Pois, assim como Eva foi enganada pelas mentiras da cobra, eu tenho medo de que a mente de vocês seja corrompida e vocês abandonem a devoção pura e sincera a Cristo"(2ª Coríntios 11:2-3)
“Pois mesmo que haja os chamados deuses, quer no céu, quer na terra, (como de fato há muitos ‘deuses’ e muitos ‘senhores’), para nós, porém, há um único Deus, o Pai, de quem vêm todas as coisas e para quem vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, por meio de quem vieram todas as coisas e por meio de quem vivemos” (1ª Coríntios 8:5-6)
Um só Senhor – Jesus Cristo –, não senhoras. Uma só devoção – a devoção pura e sincera a Cristo, não a senhoras. Era este o evangelho Cristocêntrico bíblico do qual o catolicismo romano se afastou tanto, e continua se afastando cada vez mais. Lobos em pele de cordeiro, em decadência ou não, continuam sendo usados pela serpente para glorificar a homens e louvar imagens.
“Eu sou o Senhor; esse é o meu nome! Não darei a outro a minha glória nem a imagens o meu louvor” (Isaías 42:8)
É muito fácil atacar, caluniar e difamar os protestantes brasileiros enquanto mora na Virgínia, na zona do “cinturão bíblico” americano, formado por séculos e mais séculos de protestantismo, protestantismo e mais protestantismo. Quando alguém foge do país mais católico do mundo para se salvaguardar em uma das zonas mais protestantes do planeta, e depois disso começa a atacar o protestantismo o tempo todo, é hora de pensar seriamente em aposentadoria. Talvez assim ainda sobre alguns poucos neurônios que ainda não foram afetados com o vírus do fanatismo católico antiprotestante.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (www.lucasbanzoli.com)
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